A redução das tarifas de energia a partir de 2013
vai estimular a produção no país e a queda da taxa de inflação sinaliza um novo
ciclo de desenvolvimento no país com em medidas estruturais que privilegiam a
competividade, com queda na produção. O corte de ate 28% da tarifa nas
indústrias e de 16,2% para os consumidores residenciais é um importante passo
para reposicionar a energia no Brasil em seu patamar estratégico.
Apesar do alívio na conta de luz, o aumento de 7% no
preço da gasolina reduz à economia dos brasileiros a zero 0,23%, do orçamento
uma esperada pequena diminuição do consumo do combustível e, da mesma forma um leve
acréscimo no uso da energia elétrica. Para uma família com renda mensal de R$
10 mil, a economia seria de apenas R$23 ao mês.
Em termos de comportamento, talvez no curto prazo o
consumidor sinta e diminua o uso do automóvel, mas pela característica do
brasileiro, com o tempo ele absorve este aumento e retorna à rotina e a
tendência é consumir mais luz, com a redução do IPI sobre os eletrodomésticos e
eletroeletrônicos a compra de itens que dão mais conforte e comodidade estão
acessíveis à todos as classes sociais.
Com uma queda brusca na remuneração das usinas, os
investimentos para aumentar a oferta no futuro seria algo semelhante ao que
ocorreu com a Petrobras nos últimos anos, o governo segurou os preços, mas
agora se vê forçado a liberar um aumento na refinaria para a empresa. E pela
primeira vez em 10 anos, sem um mecanismo de compensação para que o reajuste
não chegue ao consumidor, como corte da Cide, um dos tributos federais no
combustível, o temor é nos próximos anos o setor de geração enfrentar as mesmas
dificuldades da estatal e não conseguir investir para suprir o crescimento do
consumo.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de
Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), afirma que haverá repasse do
reajuste para os consumidores, os proprietários de postos, entretanto ainda não
sabem de quanto será o impacto do aumento na bomba. Andar de automóvel será
caro para o bolso dos brasileiros, o único jeito será andar de ônibus, carona
de amigos e caminhadas para pequenos percursos do trabalho à residência.
Os preços da gasolina e do diesel sobre os quais
incide o reajuste não incluem os tributos federais Contribuição de Intervenção
do Domínio Econômico (Cide) e PIS-COFINS e o estadual imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços ( ICMS), o aumento não acaba com a desvantagem de
preços dos combustíveis vendidos pelas refinarias da Petrobras em relação ao
mercado internacional mas, garante a continuidade de projetos e investimentos.
Autora: Claudia Albuquerque Gomes
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