As
agressões físicas e morais contra professores da rede escolar pública e
particular chegaram a um nível em que o problema ultrapassa a responsabilidade
das autoridades educacionais. Por que os alunos andam violentos com os
professores? Antigamente se chamava os professores de tio(a), mestre e “profi”.
A
violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas,
e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo
educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética
e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais
funcionários.
Segundo
uma pesquisa realizada nas escolas, 44% dos professores da rede estadual de
ensino básico já sofreram algum tipo de violência as agressões mais comuns são
as verbais (39%), o assedio moral (10%), a violência física com (5%) os números
parecem pequenos porem, o que vimos são ações coercitivas representadas pelo
poder e autoritarismo dos professores, coordenação e direção numa escala
hierárquica estando os alunos no meio dos conflitos profissionais que acabam
por refletir dentro da sala de aula.
Até
recentemente, as agressões físicas e morais contra professores se concentravam
nas escolas dos bairros mais pobres, hoje o problema ocorre em quase todo a
rede escolar estadual independentemente do perfil social e econômica dos
bairros onde os colégios estão localizados.
Além
disso, a violência estampada nas ruas das cidades violência doméstica, os latrocínios, os
contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado jovens a perder a
credibilidade quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o
desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos
conforme esses modelos sociais.
Nas
escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito aos próximo,
através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas
visando atingir os objetivos propostos no projeto politico pedagógico da
instituição.
O
descompasso entre a cultura escolar e a cultura juvenil a falta de
sensibilidade pelas formas de ser dos jovens e do corpo e das artes, seriam
também fontes de conflitos que podem potencializar violência nas escolas.
A
cultura escolar, muitas vezes se baseia em uma violência de cunho institucional,
o qual se fundamenta em diversos aspectos que constituem o cotidiano da escola,
como o sistema de normas e regras que pode ser autoritário, as formas de
convivência, o projeto politico- pedagógico, os recursos didáticos e a
qualidade da educação.
Quando
alunos agridem professores, o problema não é de mediação ou arbitragem, mas de
desrespeito ao principio da autoridade, e isso exige não so sindicâncias administrativas, mas abertura de
inquerido criminal, proposição de ações judiciais e aplicação de penas severas,
quem agride física ou moralmente um professor tem de responder, assim como seus
responsáveis por esses atos.
Autora:
Claudia Albuquerque Gomes