A
censura ou classificação indicativa é o exame crítico sobre obras literárias ou
artísticas, a historia da censura no Brasil aconteceu desde os tempos da
colonização, quando a coroa portuguesa não aceitava as ideias iluministas, nem críticas
à igreja católica. Através dela conseguia-se coibir as ideias contraídas ás
imposições do governo, sendo que na área jornalística estavam relacionadas às
ideias politicas, enquanto na área artística aos valores morais estabelecidos
na época.
O governo
fazia a fiscalização de todas as pautas das matérias que seriam publicadas, por
meio de agentes especializados isso acontecia com a imprensa enviando
antecipadamente seus artigos para o órgão de todos os gêneros, teatro, música,
literatura também era o objeto de inspeção, pois não podiam manifestar opiniões
que levassem a população a lutar contra as imposições do governo.
Com
isso, músicos tentavam alertar a população sobre tais fatos colocando nas
letras de suas canções frases com duplo sentido como forma de protestar,
principalmente pelo desaparecimento de pessoas politizadas (pessoas que vivem
em sociedade). Aos poucos a população ia percebendo e identificando os
problemas políticos pelos quais passava o país, porém sem grandes
possibilidades de agir contra o militarismo.
Alguns
artistas foram duramente censurados durante o período militar, chegando a ser
deportados do país (Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico
Buarque, Raul Seixas, Kid Abelha, Milton Nascimento). O processo de democratização
do país fez com que no ultimo governo militar, o de João Figueiredo, as
imposições fossem mais brandas a censura tornou-se menos exigente liberando as
obras.
Mas foi
através da Constituição de 1988, votada pela Assembleia Constituinte no dia
três de agosto, que se conseguiu extinguir a censura no Brasil, após os longos
anos de sua implementação representando o fim da tortura e aprovação da
liberdade intelectual, de expressão e o de imprensa no país. Com o fim da
censura, o que existe atualmente é o que o governo chama de classificação de
filmes por faixas etárias, parece apenas uma questão de semântica, mas não é
hoje em dia crianças e adolescentes fora da faixa de classificação de um filme
até podem assisti-lo, desde que estejam acompanhados dos seus pais ou
responsáveis legais.
A
classificação das fitas é feita principalmente pelo conteúdo de cenas
explicitas de sexo, drogas e violência que foram colocadas na produção, por
exemplo: um filme que tenha cenas de sexo explicita ou consumo excessivo de drogas
ilícitas será imparcialmente considerado improprio para menores de 18 anos.
Quem cuida dessa classificação, tanto para filmes como para peças de teatro, é
o Departamento de Justiça, classificação, títulos e qualificação é um órgão da
Secretária Nacional de Justiça, que por sua vez parte do Ministério da Justiça.
“A classificação existe para proteger a Criança e o adolescente de um conteúdo,
inadequado tanto que o parâmetro para a avaliação é o Estatuto da Criança e do
Adolescente”.
Determinada
a classificação, ela deve ser divulgada com destaque um longa (série de
televisão) inadequado, para menores de 16 anos tem que apresentar essa
recomendação no trailer de cinema, nos cartazes e em outros anúncios
publicitários, filmes e peças de teatro podem receber as seguintes
classificações: livre, inadequado para menores de 10, 12,14,16 e 18 anos.
O
movimento das diretas já, eleições abertas para o povo escolher seus
representantes no Congresso, derrubou o regime militar implantado após longos
anos de massacre e tortura a população voltou a conquistar a liberdade de
expressão, agora garantidos pela Constituição Brasileira de 1998.
Autora:
Claudia Albuquerque Gomes
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